Actividade sísmica que abala o Mundo é «coincidência»

17-03-2010 23:42

Especialista garante que não há explicação científica nem motivos para alarme 

Notícia do dia 08/03/2010


Sismo de 6.0 na escala de Richter abalou hoje a Turquia <br> (Cortesia: USGS)
 
Ainda esta madrugada um terramoto de grau 6.0 na escala de Richter acordou a Turquia. O Chile está devastado com o sismo de 8.8 de magnitude do mês passado. Ao violento sismo 7.0 registado em Janeiro no Haiti, soma-se um semelhante no Japão durante o mesmo mês.

A terra não tem parado de tremer mas Maria da Conceição Neves, especialista em Sismologia da Universidade do Algarve, garantiu à Lusa que a actividade sísmica que se tem registado nos últimos meses um pouco por todo o mundo é “perfeitamente normal” e uma “coincidência”.



O sismo que por volta das 4h30 da madrugada sacudiu a província de Elazig, no leste da Turquia, a 500 quilómetros de Ancara, terá feito pelo menos 51 mortos e 70 feridos, números ainda provisórios que poderão aumentar no decorrer das buscas.

Para a investigadora, o facto de haver uma sequência de sismos violentos − sendo o do Chile o mais raro, por haver poucos com aquela magnitude − é apenas uma "coincidência" no tempo e no espaço, já que os abalos têm ocorrido sobretudo em zonas povoadas.

Escalas de milhões de anos

"Mais de 90 por cento da actividade sísmica situa-se ao longo das cristas oceânicas onde não há estragos", referiu a investigadora, frisando que as zonas de subdução (área onde duas placas tectónicas convergem) estão "sempre" a ser atingidas.

Placas tecnónicas estão em constante movimento
Placas tecnónicas estão em constante movimento
"Não me parece que haja mais sismos agora do que havia antes, são fenómenos naturais que estão sempre a acontecer"
, considerou, acrescentando que o facto de se viver numa era global contribui para que estes acontecimentos sejam mais falados.

"Não há um motivo científico para explicar um maior número de sismos, até porque as escalas geológicas têm por referência períodos de milhões de anos", disse a investigadora, frisando não haver "motivo para alarme".

Webgrafia: https://www.cienciahoje.pt/

 

 

 

 

 

 

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